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Portugal: desemprego jovem disparou 61% em 2011

2012-02-17
Ecos da imprensa

No final de 2011, o desemprego oficial bateu os recordes e chegou a 14%, fruto de um salto trimestral nunca antes visto: mais 1,6 pontos. E a tendência, como se antecipa nas previsões do governo e da troika, é piorar.
Mas mais do que números, falemos de pessoas. O que quer dizer um salto de 1,6 pontos percentuais no desemprego entre Outubro e Dezembro de 2011?
Este valor significa que em três meses mais de 81 mil residentes em Portugal ficaram sem emprego, qualquer coisa como 885 pessoas por dia em todos os 92 dias de Outubro a Dezembro, úteis ou não. No final de Dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) havia 771 mil desempregados em Portugal. Em Outubro eram 689,6 mil.
Enquanto isso, a Alemanha bateu o recorde de pessoas empregadas desde a reunificação do país, com 41,6 milhões de trabalhadores em finais de 2011, mais 560 mil.
Jovens pagam a crise - Olhando para os valores desagregados do desemprego português, fica notório que é a faixa etária entre os 15 e os 24 anos que mais está a sofrer com a crise. Só ao longo de 2011 esta taxa subiu 13 pontos percentuais, de 22,4% de Dezembro de 2010 para os 35,4% em Dezembro de 2011. Este salto de 13 pontos no desemprego jovem é mesmo maior que o salto acumulado registado nos nove anos entre 2002 e 2010, período em que o desemprego entre os 15 e os 24 anos passou de 10,5% (Março de 2002) para 22,4% (Dezembro de 2010).
No final de 2011, Portugal contava assim como 156,4 mil jovens sem emprego, mais 18 mil que em Outubro do mesmo ano e mais 61 mil que no final de 2010.
Mas o cenário real é bem mais gravoso do que aquele que a taxa de desemprego oficial mostra. Juntando aos 771 mil desempregados (valor referente às pessoas sem emprego que durante o período do inquérito procuraram trabalho ), os inactivos disponíveis ou desencorajados (que não procuraram emprego), e os trabalhadores a tempo parcial, o total chega a 1,24 milhões de pessoas sem emprego ou sem emprego a full-time. Um número que corresponde a uma taxa de desemprego ajustada de 22,6%.
in Jornal i

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